O processo de compostagem consiste em se decompor de forma adequada a matéria orgânica transformando-a em adubo vegetal.
Um dos principais problemas da sociedade urbana moderna é o tratamento inadequado dos resíduos sólidos produzidos às toneladas diariamente nas cidades de todo o mundo. O consumismo exagerado e o culto ao desperdício são comportamentos que colaboram para o agravamento deste quadro. O “lixo” por assim dizer, é na verdade uma mistura de diversos resíduos de diferentes tipos de materiais como vidro, plástico, metais e orgânico.
O lixo orgânico é o resíduo de mais simples reciclagem, bastando para isso fazermos a compostagem podendo contribuir com a redução de 36% do lixo domestico sendo reutilizado como excelente adubo vegetal.
A deposição inadequada do lixo orgânico provoca um acumulo excessivo de matéria orgânica que ao iniciar seu processo de decomposição (apodrecer) , produz grande volume de lixo molhado formando uma calda negra denominada chorume. Quando esquecemos o lixo molhado da cozinha alguns dias na sacola plástica temos o inconveniente de lidar com aquela água podre e fétida. Isso é o chorume, sua alta concentração de lixo decomposto de forma inadequada, sem solo ou palhas secas, o torna uma substancia tóxica, e muito poluente.Uma das formas mais adequadas para a reciclagem do lixo orgânico domiciliar é a compostagem. Esta é uma pratica milenar que consiste em se misturar os lixos orgânicos “molhados” com os lixos “secos”, a fim de se obter um equilíbrio entre ambos durante o apodrecimento. Entendemos por lixo molhado os
resíduos produzidos em casa, já o lixo seco é constituído de folhas e palhas secas coletadas das podas das plantas.
Como se faz uma composteira?
Existem vários modelos de composteiras dependendo da quantidade de matéria organica a ser depositada diariamente. Para uma família de 5 pessoas sugere-se o seguinte modelo:
Reserva-se dois espaços de 1,5 m² num local arejado e parcialmente sombreado cercando com madeiras ou telhas amontoadas. È necessário que se possa proteger a composteira do sol e chuva excessivos, controlando sua temperatura e umidade.
Ao lado da composteira pode se reservar um espaço para se guardar a palha seca.O segredo é intercalar uma camada de lixo seco e outra de lixo molhado, jogando o lixo molhado sempre no mesmo lugar, formando um núcleo ou centro da composteira. Esta parte logo ficará alta, deixe descansar umas semanas e faça um outro cetro ao lado. A sugestão de se estabelecer estes centro de deposição do lixo molhado consiste na necessidade de se manter temperatura e umidade adequadas para a ação dos organismos decompositores que auxiliam a decomposição adequada da matéria orgânica ou, simplesmente, compostagem, como fungos e bactérias aeróbias do solo.
Normalmente usa-se três meses cada espaço da composteira enquanto o outro descansa. Durante este tempo o processo de compostagem é concluído e o lixo orgânico seco e molhado toma um aspecto de terra escura com cheiro agradável e propriedades nutritivas em grande quantidade para os vegetais.
A proposta de se construir composteiras vai de encontro com o estímulo de novos hábitos que buscam romper com a lógica do desperdício e da poluição exacerbada, utilizando-se do próprio resíduo produzido para gerar fonte de energia e nutrientes para as plantas e si próprio. Esta prática contempla os três erres “reciclar, reduzir e reutilizar” encaixando-se como temática de educação ambiental em qualquer escola ou centro de produção de conhecimento, apresentando-se como tecnologia de baixo impacto para o tratamento de resíduos sólidos orgânicos, contribuindo significativamente para o saneamento básico, refletindo em nossa qualidade de vida.
Nesta composteira, utilizamos caixas de feiras, adaptamos papelões nas bordas da caixa e usamos, ao invés de folhas secas, palhas secas. |